Rui Brazão

Rui Brazão

domingo, 12 de julho de 2015

       Era uma vez um velho homem que vendia balões.
       Evidentemente, o homem era um bom vendedor, pois deixou um balão vermelho soltar-se e elevar-se nos ares, atraindo, desse modo, uma multidão de jovens compradores de balões.

       Havia ali perto um menino negro.
       Estava observando o vendedor e, é claro apreciando os balões.
       Depois de ter soltado o balão vermelho, o homem soltou um azul, depois um amarelo e finalmente um branco.
       Todos foram subindo até desaparecem da vista.
       O menino, de olhar atento, seguia a cada um. Ficava imaginando mil coisas...
       Uma coisa o aborrecia, o homem não soltava o balão preto. Então aproximou-se do vendedor e perguntou-lhe:
       - Se o senhor soltasse o balão preto, ele subiria tanto quanto os outros?
       O vendedor de balões sorriu compreensivamente para o menino, cortou a linha que prendia o balão preto e enquanto ele se elevava nos ares disse:
       - Não é a cor, filho, é o que está dentro dele que o faz subir.

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