Rui Brazão

Rui Brazão

quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Paciência

  Já não tenho paciência para algumas coisas, não porque me tenha tornado arrogante, mas simplesmente porque cheguei a um ponto da minha vida em que não me apetece perder mais tempo com aquilo que me desagrada ou fere. 
 Já não tenho pachorra para cinismo, críticas em excesso e exigências de qualquer natureza. 
 Perdi a vontade de agradar a quem não agrado, de amar quem não me ama, de sorrir para quem quer retirar-me o sorriso. 
 Já não dedico um minuto que seja a quem me mente ou quer manipular. 
 Decidi não conviver mais com pretensiosismo, hipocrisia, desonestidade e elogios baratos. 
 Já não consigo tolerar eruditismo selectivo e altivez académica.  Não compactuo mais com bairrismo ou coscuvilhice.  
 Não suporto conflitos e comparações.  
 Acredito num mundo de opostos e por isso evito pessoas de carácter rígido e inflexível. 
 Desagrada-me a falta de lealdade e a traição. 
 Não lido nada bem com quem não sabe elogiar ou incentivar.  
 Os exageros aborrecem-me e tenho dificuldade em aceitar quem não gosta de animais. 
 E acima de tudo já não tenho paciência nenhuma para quem não merece a minha paciência.
Meryl streep 

Sem comentários:

Enviar um comentário